João Carlos Machado passou o final de semana em Natal, no Rio Grande do Norte (RN). Na sexta-feira, o secretário estadual de Agricultura participou de uma reunião do Conseagri (Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura). O conselho é formado pelos secretários dos 26 estados e mais o Distrito Federal e é presidido pelo secretário de Agricultura de Minas Gerais, Gilman Viana.
Na reunião, ficou definido o envio de uma pauta de reivindicações ao governo federal para minimizar os efeitos da crise e agilizar a liberação de crédito rural para os produtores. A crise já produz sérios reflexos no agronegócio brasileiro, com a queda de preço de produtos como o leite, o milho e a carne. Em muitos estados, preocupa o grande estoque de milho antes da safra 2008/2009, o que aumenta as incertezas sobre a comercialização nos próximos meses.
Entre os pedidos a serem enviados à Brasília, está o cumprimento da política de preço mínimo e a necessidade de intervenção federal no subsídio para a compra de adubos e defensivos, com o objetivo de reduzir o custo de produção.
A dificuldade de acesso do produtor ao crédito foi um consenso entre os secretários durante a reunião. Outra reclamação foi quanto ao sistema de liberação dos recursos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). De acordo com as regras do programa, se de 10 a 15% de produtores de um município estiverem inadimplentes, todos os outros agricultores ficam impedidos de realizar novas contratações. A falta de preparo e interesse dos bancos oficiais para aplicação dos recursos de crédito rural foi outro problema apontado na reunião.
A defesa sanitária também foi tema. A discussão, porém, girou em torno do controle da febre aftosa no Norte e Nordeste do País, principalmente nos municípios classificados pelo Ministério da Agricultura como de alto risco.
