sábado, 29 de novembro de 2008

Duas semanas perdidas


Foto feita por este repórter, quarta-feira, na esquina das ruas Dr.Flores e Otávio Rocha, Centro de Porto Alegre. Impressão de um protesto frágil e sem convicção.

Na queda de braços entre o governo estadual e o Cpers, venceu o primeiro. Nesta sexta-feira terminou a paralisação dos professores estaduais. Assim, o ano letivo será retomado a partir de segunda-feira, com as aulas podendo se estender até o décimo dia do ano que vem. Nem uma escola poderá estourar esse prazo, de acordo com o que foi definido na assembléia da categoria, que pôs fim à greve. O ano letivo, antes da parada do Cpers, estava marcado para se encerrar no dia 23 de dezembro.
O fato é que foi um erro a opção do Cpers pela greve. Além da artilharia do governo, os professores que pararam foram bombardeados pela opinião pública, que reprovaram uma parada a um mês do encerramento do calendário escolar. A própria categoria ficou dividida, com um índice mínimo de adesão.
Outro erro de cálculo do sindicato foi o de não contar com o endurecimento da governadora. Ao tentar emparedar Yeda Crusius, a direção do Cpers é que ficou nesta condição. Os grevistas voltam para as salas de aula na segunda-feira com os salários de dezembro menor, por conta dos dias parados descontados e sem o mínimo sinal de avanço em relação ao que exigem.

Um comentário:

  1. Mas Yeda não quer explicações, quer cortes; não quer conversa, quer punição; não quer acordo, quer queda-de-braço. Se esta disposição houvesse sido manifestada com relação ao Detran os cofres públicos agradeceriam.
    Elis Regina da Cunha Barboza

    ResponderExcluir

Leg