terça-feira, 1 de dezembro de 2015

ARAMBARÉ: PEDÁGIO REJEITADO E DESGASTE INEVITÁVEL

Por cinco votos a três, a Câmara de Vereadores de Arambaré reprovou, na noite desta segunda-feira (30), o Projeto de Lei 50/15, do Poder Executivo, que previa a contratação de uma empresa para implantação de um sistema de pedágio nas entradas do balneário. Ao contrário do que a Situação temia - de a proposta ser "empurrada com a barriga" até o final deste próximo verão - o projeto foi votado em regime de urgência, como foi o solicitado oficialmente pelo governo municipal. Mas a prefeita Joselena Scherer não conseguiu sensibilizar a maioria, nem mesmo os vereadores da base. Ironicamente, por outro lado, um integrante oposicionista votou a favor do governo.

No início de novembro, vereadores devolveram R$ 50 mil de sobras da rubrica à prefeita Joselena  

Dos cinco votos contrários ao pedágio, dois foram de partidos da base: PDT (Glédison Silveira) e PT (Leandro Schmegel); um do PSDB (Marizete Dias), o qual o governo tinha como apoiador certo do projeto; e dois do oposicionistas PMDB (Gerson Pastoriza e Sandro Stropp). Já a favor do projeto se posicionaram os vereadores Joel Gonçalves, Ruy Pires (PDT) e Márcia da Silva (PMDB). Não houve a necessidade de o presidente Alcioni Lopes (PMDB) votar.

A reprovação do projeto representa um golpe duro no governo de Arambaré, que fazia planos de investimentos com os R$ 400 mil estimados por temporada com a nova fonte de arrecadação. A fragilização orçamentária faz também o governo pedetista ingressar no ano eleitoral vulnerabilizado politicamente, o que vai gerar mais dúvidas ainda com relação a aspiração da prefeita de tentar a reeleição.

Nos bastidores da tramitação e da discussão do projeto do pedágio, o ex-prefeito Alaor Pastoriza (PMDB) articulou para a derrubada da matéria. Inconformado com o desejo da cobrança, Pastoriza classificou o projeto como "absurdo" e "aberração", já que no seu entendimento a adoção da cobrança afugentaria visitantes e, consequentemente, receitas. Sobre seus planos de concorrer ao Executivo em 2016, o ex-prefeito não é conclusivo. Ao contrário dos peemedebistas arambarenses que apresentam ele como nome certo do partido na corrida eleitoral à Prefeitura.  


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