Advogado
____________________
A trágica e prematura morte do
candidato do PSB à Presidência da República, EDUARDO CAMPOS “embolou” a eleição. Embora CAMPOS, até
então, figurasse nas pesquisas realizadas enquanto candidato em terceiro lugar
na preferência do eleitorado, vinha com um crescimento normal na candidatura.
Em verdade poderia incomodar após abertura do horário político na televisão e
no rádio.
Especialmente
naquela, em razão de sua ótima “performance”
na telinha, como demonstrou tanto no primeiro debate entre os candidatos, como
quando entrevistado no Jornal Nacional. Aliás, gostei muito quando CAMPOS
perguntado se “iria acabar com a bolsa
família” respondeu: “Não, não vou
acabar com a bolsa família; vou acabar com a corrupção, com a roubalheira; com
a má gestão pública”. Dali em diante passou
a ser meu candidato.
Dessa
forma, era bem possível que crescesse mais na disputa a ponto de garantir um
segundo turno e uma melhor posição no resultado. Bem, mas aí veio a tragédia. A
queda do avião em que viajava, resultando em sua morte. Daí em diante haveria,
por certo, e os números estão mostrando, o voto sentimental.
Esse
tipo de voto é perigoso. Quando o eleitorado tomado de sentimentalismo por
alguma situação, e a morte é uma delas sem dúvidas, especialmente quando
prematura e não esperada, tal momento pode levar o eleitorado para a disposição
sentimental.
A
primeira pesquisa que se seguiu à tragédia que ceifou a participação direta de
Campos na eleição está apontando para um resultado diferente daquele que seria
no andamento normal do pleito. O que vai acontecer não se sabe. É imprevisível.
Quem substituirá EDUARDO CAMPOS, provável que sua Vice, a qual já foi candidata
na eleição anterior e tirou o terceiro lugar com quase vinte milhões de votos. Não
se tem idéia no que vai dar agora.
Quando
da lavratura deste artigo ainda não havia sido escolhida a nova chapa do PSB. O
que significa que pode haver modificação. Mas uma coisa é certa o voto emocional
vai influenciar. Muito ou pouco não se sabe. O saudosismo nessas circunstâncias
sempre deixa marcas. Um ano após o suicídio de Getúlio Vargas, ocorrido em
1954, o sentimento popular garantiu a eleição de Juscelino Kubscheck e João
Goulart, quando parecia invencível o Brigadeiro Eduardo Gomes. .
Bem,
com a morte de CAMPOS fiquei sem candidato. Preciso ver o rumo que toma a
eleição para fazer nova escolha. Por certo dentro dos interesses de meu Partido
em nível de Rio Grande do Sul, porquanto no âmbito nacional o Partido está sem
timoneiro. O “grupelho” que o domina:
Sarney, Calheiros, Barbalho e outros expoentes que não são muito preocupados
com a ética não me servem. Logo as idéias deles também não me servem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário