quinta-feira, 24 de julho de 2014

E AS CHUVAS CHEGARAM


Por Nelson Egon Geiger/Advogado
          
 RANCHIPUR é uma região indiana, antigamente dominada por uma dinastia de marajás. Montanhosa a área é bastante chuvosa, mas em épocas certas de cada ano. Na década de 1950 foi levada ao cinema, em filme estrelado por Richard Burton e Lana Turner.


            Na noite anterior a lavratura deste artigo, a quantidade de chuva culminou em me acordar na madrugada, para apreciar, com os ouvidos é claro, o barulho da água caindo, próprio para estimular o sono. Ocasião em que me veio à mente o filme citado. Em verdade estão acontecendo copiosas chuvas que têm banhado nossa região. E, de forma mais violenta, com enchentes, o sudoeste do Estado

            Com o início da campanha eleitoral, já em pleno andamento, ainda estejamos sob a ressaca da vergonhosa derrota para a Alemanha, e na seqüencia para a Holanda, há duas semanas, não sei o que me será permitido escrever neste espaço.. Os assuntos políticos ficarão vedados em alguns aspectos.

            Enquanto não sei o que é possível comentar, este artigo fica limitado a um assunto mais ameno. A grande quantidade de chuva que vem banhando nosso Estado. E nossa região. Locais em que as chuvas, como em RANCHIPUR, são sazonais. Todavia o comum sempre foi mais para perto do final de agosto. O saudoso amigo José Cândido, exímio conhecedor do assunto, sempre me falava: “nessa época (final de agosto) é normal grande quantidade de precipitação pluviométrica”. Pois neste ano veio mais cedo.

            Na terça-feira participei de uma audiência no Foro que tratava de problemas oriundos com a grande chuva que houve em junho de 1992, quando rompeu a BR 116 próximo ao Cristal, e houve grande inundação do Rio Camaquã. Vários bairros atingidos em nossa cidade. Lembro que na ocasião houve, inclusive, a preocupação que a Barragem do Arrio Duro poderia estourar e que tudo ficaria em baixo d’água. Não foi assim. Embora a copiosa chuvarada da ocasião tenha mesmo alagado grande parte da cidade.

            Não foram diferentes as chuvas da proximidade do Natal de 1995 e a do final de janeiro de 1996. Nesta quando pessoas arrebentaram, com pás e picaretas, a BR 116, junto a Vila Getúlio Vargas no seguimento da Sanga do Passinho em direção ao Banhado do Colégio. Em verdade, essas duas chuvas foram fora de época. Aquela de 1992, também antecedeu, em dois meses, a época mais comum. Como as atuais, que vieram em junho e julho.

            Embora os problemas dessas três grandes precipitações comentadas hoje estejam, em sua grande parte, resolvidos, sempre uma quantidade de chuva que ultrapasse os limites da normalidade fica preocupante. Naquele caso do filme mencionado, na Índia da primeira metade do século passado, a chegada das grandes chuvas já era esperada. Eis que todos os anos. No nosso caso, onde sempre houve normalidade, as que vêm acontecendo fogem das previsões. Vamos esperar que tudo retorne à normalidade.




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