A noite desta quarta-feira (5) marcou a retomada das atividades
acadêmicas na Fundação de Ensino Superior da Região Sul – a Fundasul. No espaço
de convivência da instituição, professores que já fazem parte da faculdade - e
outros que estreiam seu trabalho na casa -, funcionários e diretores foram
apresentados aos alunos. A Fundasul, que chega aos seus 42 anos de existência,
comemora este ano um crescimento de 17% nas matrículas com relação a 2013.
As apresentações ficaram por conta do professor Milton Silveira
Pereira, novo diretor acadêmico de cursos da faculdade. Num tom motivador,
Pereira lembrou as conquistas recentes da faculdade – como os novos cursos e os
investimentos realizados – e falou sobre as expectativas com relação ao plano
de melhorias elaborado para os próximos anos. “Mas o nosso principal objetivo,
e é para onde iremos convergir todos os nossos esforços, é a humanização de
todas as nossas atividades”, falou o diretor acadêmico, ao explicar que esse
princípio leva à excelência do ser humano em todos os seus aspectos: Com isso,
explicou: “ele passa a ajudar a construir uma sociedade mais lúcida, justa e
solidária”. Entre as ferramentas sugeridas pelo educador para essa humanização
está a promoção do constante diálogo entre todos os integrantes da comunidade
acadêmica.
Depois de conseguir a autorização dos cursos de graduação e
bacharelado em educação física, a Fundasul aguarda agora pela liberação do
Ministério da Educação dos cursos de graduação em enfermagem (já possui
técnico ) e fisioterapia. As solicitações estão protocoladas em Brasília.
Também está sendo negociada com o sistema Ocergs-Secoop a implantação de mais
dois cursos: de graduação e pós-graduação em cooperativismo e empreendedorismo.
As parcerias com outras instituições, entidades e órgãos públicos
é uma das apostas acertadas da atual gestão da faculdade, que vem mantendo
convênios com três secretarias municipais de Camaquã, com a Câmara de
Vereadores, com o Hospital Nossa Senhora Aparecida e também com um colégio da
rede privada. “Devemos sempre enfatizar que essa é uma faculdade da comunidade,
criada por famílias da nossa terra. E essa é essência da Fundasul: é ser
ajudada e ao mesmo tempo servir”, assinalou o presidente da instituição, Rubem
Machado após dar as boas vindas aos acadêmicos, professores e funcionários.
Rubem Machado se entusiasma ao falar dos recentes investimentos e
da expectativa gerada pela forte possibilidade de a faculdade poder oferecer novos
cursos. Ele explica que somente num dos laboratórios – o de anatomia – foram
gastos recentemente R$ 40 mil em equipamentos, vindos da China e da Alemanha.
Foram também investidos recursos para instalação de um laboratório de
fisiologia, que também servirá aos cursos de educação física e de enfermagem,
para a montagem da academia de ginástica, que teve o fundamental auxílio da
Câmara de Vereadores de Camaquã, e para a atualização da biblioteca, com a
aquisição de diversas publicações sugeridas pelo MEC.
Sobre a situação financeira-administrativa da Fundasul, o seu
presidente explica que o pior já passou. Quando assumiu o comando, há dois anos
e meio, o principal desafio era a dívida previdenciária que inviabilizava
qualquer novo projeto. Após oito meses de uma exaustiva negociação, ficou
acertada uma permuta com o governo federal: os valores devidos ao INSS estão
sendo pagos com bolsas a estudantes menos favorecidos, num prazo de 15
anos.
“Podemos sonhar novamente”
Com as certidões em dia, a Fundasul passou a poder conveniar com
órgãos públicos e se habilitou a requerer novos cursos. “Sem dúvida que esta
foi uma das nossas principais conquista, pois estávamos completamente
engessados. A partir desse acordo podemos sonhar novamente e ir em busca de parcerias,
afinal ninguém faz nada sozinho”, comentou Machado, que quer a Fundasul cada
vez mais envolvida com a comunidade, atualizada e preparada para oferecer
alternativas consistentes de ensino aos alunos da região.
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Alex Soares
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