domingo, 26 de janeiro de 2014

UM PROVÁVELÁVEL ANO AGITADO


Por Nelson Geiger
Advogado

Janeiro já está rumando para o fim. Em fevereiro há promessa de muito mais calor e, conseqüentemente, prolongamento de férias. Nas duas últimas semanas do próximo mês começam as aulas nas diversas escolas. Nos quatro primeiros dias de março teremos o carnaval. Instituição já falida, excetuando-se Rio de Janeiro, São Paulo e algumas outras localidades, onde ainda existem bailes da espécie. Todavia, o feriadão persiste.

            De sorte que, em princípio, a partir do quinto dia de março começa realmente o ano brasileiro que terá duas ou três interrupções. A primeira a COPA DO MUNDO que envolverá os meses de maio de junho. Nova paralisação. Inclusive já existe previsão de horários diferenciados e suspensos para o funcionalismo público. Imaginem se o Brasil, o que todos queremos, consiga vencer. Prorrogação de festividades.

            Bem, na primeira quinzena de junho começam as convenções partidárias que escolherão candidatos. Para Presidência, Governos Estaduais, Senado, Câmara Federal e Assembléias Legislativas. Outra vez com interferência no andamento normal da vida e trabalho brasileiros.

            Não será diferente no nosso mundo tupiniquim. Embora aqui não existam jogos, logo ali em Porto Alegre haverá partidas da COPA. Entretanto na parte político partidária, por certo existirá agitação em nossa volta. Com candidatos de toda espécie. Até os indecentes e antiéticos que descerão, de para quedas, para caçarem votos em nosso meio. Amparados em promessas de oportunistas que não fazem outra coisa senão se agarrarem em busca de cargos. Ainda que tenham de vender os próprios companheiros. Pretensiosos que não merecem respeito. Camaquã tem condições de ter candidato próprio para Deputado Estadual. No caso, o grande nome é do ex Prefeito ERNESTO MOLON, cuja trajetória demonstra aptidão e condições para tanto.

            Considerando-se que as batalhas nas eleições majoritárias, salvo ao Senado, poderão ter dois turnos. Como o segundo será no dia 26 de outubro, o ano já estará rumando para seu final. O que significa que, depurados todos esses episódios, vamos ter tempo mesmo de trabalho entre 05 de março até segunda quinzena de maio. E de fins de outubro até meados de dezembro. Um ano de menos de seis meses de tempo livre para pensar e trabalhar. Sem interferências da preocupação com nossa liderança mundial no futebol e com nosso futuro administrativo e democrático.

            AFINAL o Brasil é nosso: dos brasileiros e dos que o adotaram. Aqui vivemos e aqui queremos o progresso. Geral e particular. E esse, em nível de Países ricos do mundo, não sofre tantas interrupções como aqui. Lá tanto COPAS como eleições atraem a atenção, mas, não interferem no andamento normal da vida social e humana. Assim é na Alemanha, França, Inglaterra, Canadá, Austrália e até nos Estados Unidos. Pois no Brasil é diferente. Por isso, talvez, ainda estamos atrasados economicamente. Mas os outros invejam nosso espírito esportivo e festeiro. Não é verdade?





Publicado também no Jornal A Tribuna de 24 de fevereiro de 2014   

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