sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O SÍMBOLO SAGRADO

Por Nelson Egon Geiger
 Advogado
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Patrick Ericson escreveu “O Símbolo Secreto”; Dan Brown titulou sua penúltima obra: “O Símbolo Perdido”. Não tenho pretensão de escritor, ou autor de “best sellers”, como os dois. As obras citadas que integram minha pequena biblioteca tratam de símbolos vinculados com segredos históricos milenares. O primeiro, remonta à construção do Templo de Salomão. Fala na Arca da Aliança e em sociedades secretas. Destaca a maçonaria e a corrente chamada de “Filhos da Viúva”.

            Dan escreveu as obras “Código Da Vinci”, “Anjos e Demônios”, “Fortaleza Digital”, além da acima, que trata também da maçonaria. Menos antiga e vinculada à formação dos Estados Unidos. Naquela obra fala dos labirintos e túneis de Washington. Incluindo o Pentágono e o Capitólio. Estou lendo seu último livro: “Inferno”, que se remonta à obra de Dante Alligheri.

            O Símbolo Sagrado de que aqui trato se refere ao grande e casual achado aqui de mais de duzentos, remontando-se às disputas entre Espanha e Portugal no Rio Grande do Sul e no atual Uruguai, antes chamado de Colônia do Sacramento. Essas disputas que a história registra e como muitos leitores sabem, culminou em afastar as Missões Jesuítas que haviam se fixado no norte de nosso Estado. Na atual região de Santo Ângelo.

            Pois bem, causou surpresa a notícia jornalística histórica, estampada nas fls. 04 e 05 de ZH da sexta-feira anterior, dia 16. Com direito à chamada de capa: “Objeto sacro dado como perdido por historiadores pode ter sido localizado em Camaquã”. E nas páginas citadas: “Um mistério de dois séculos”. Contendo o achado do teólogo Édison Huttner, Irmão Marista que é Professor da PUC e tem curso de mestrado e doutorado em Roma. E o mais importante: camaqüense de nascimento.

            A Sra. Secretária de Cultura Municipal, Professora Marla Lessa da Rosa Crespo deu-me preciosas informações. Inclusive aludindo conhecer o Ilustre Teólogo e pesquisador da arte sacra Jesuítica - Guarani. Segundo a Sra. Secretária, o Teólogo visitava seu pai, em Camaquã e passando pela Praça Santa Cruz, viu a Cruz enterrada dentro da singela gruta ali construída.     

            ZH relata que imediatamente o Dr. Huttner examinou o objeto e reconheceu a inscrição símbolo do então império espanhol, que ainda dominava as Américas na época das Missões de São Miguel. Também reconheceu o feitio da cruz que fora desenhada encimando a torre da Igreja de São Miguel pelo pesquisador francês Alfred Demersay, em 1846.

            Segundo a Sra. Secretária, como a cruz estava enterrada, posto que tem 2,24 m de altura e apenas sobressaia à metade disso (senão não caberia na pequena gruta), o teólogo conseguiu com a Prefeitura licença para levantá-la e submetê-la a estudos.

O mistério é: como veio parar aqui um tesouro que estava há cerca de 600 km de distância? A tese é que tivesse sido trazida pela rota da erva mate que, há dois séculos existiu entre as duas regiões. Após as Missões terem sido abandonadas, caindo em ruínas, e deixando à flor do solo muito símbolos sagrados, estes começaram a desaparecer. A imprensa escrita local, inclusive a Tribuna Centro Sul já publicou notícia sobre o achado. Antes mesmo da reportagem de ZH. O assunto merece atenção dos Camaqüenses e já tem apoio da Prefeitura. Necessário se acompanhar o desenrolar dos acontecimentos, pois se trata de um símbolo sagrado, que começa a integrar nossa história.

TRIBUNA – Edição de 23 de agosto de 2013.__.
           


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