Por Nelson
Egon Geiger
Advogado
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Patrick Ericson escreveu “O
Símbolo Secreto”; Dan Brown titulou sua penúltima obra: “O Símbolo Perdido”.
Não tenho pretensão de escritor, ou autor de “best sellers”, como os dois. As obras citadas que integram minha
pequena biblioteca tratam de símbolos vinculados com segredos históricos
milenares. O primeiro, remonta à construção do Templo de Salomão. Fala na Arca
da Aliança e em sociedades secretas. Destaca a maçonaria e a corrente chamada
de “Filhos da Viúva”.
Dan
escreveu as obras “Código Da Vinci”, “Anjos e Demônios”, “Fortaleza Digital”,
além da acima, que trata também da maçonaria. Menos antiga e vinculada à
formação dos Estados Unidos. Naquela obra fala dos labirintos e túneis de
Washington. Incluindo o Pentágono e o Capitólio. Estou lendo seu último livro:
“Inferno”, que se remonta à obra de Dante Alligheri.
O
Símbolo Sagrado de que aqui trato se
refere ao grande e casual achado aqui de mais de duzentos, remontando-se às
disputas entre Espanha e Portugal no Rio Grande do Sul e no atual Uruguai,
antes chamado de Colônia do Sacramento. Essas disputas que a história registra
e como muitos leitores sabem, culminou em afastar as Missões Jesuítas que
haviam se fixado no norte de nosso Estado. Na atual região de Santo Ângelo.
Pois
bem, causou surpresa a notícia jornalística histórica, estampada nas fls. 04 e
05 de ZH da sexta-feira anterior, dia 16. Com direito à chamada de capa: “Objeto sacro dado como perdido por
historiadores pode ter sido localizado em Camaquã”. E nas páginas citadas: “Um mistério de dois séculos”. Contendo o
achado do teólogo Édison Huttner, Irmão
Marista que é Professor da PUC e tem curso de mestrado e doutorado em Roma. E o
mais importante: camaqüense de nascimento.
A
Sra. Secretária de Cultura Municipal, Professora
Marla Lessa da Rosa Crespo deu-me preciosas informações. Inclusive aludindo
conhecer o Ilustre Teólogo e pesquisador da arte sacra Jesuítica - Guarani.
Segundo a Sra. Secretária, o Teólogo visitava seu pai, em Camaquã e passando
pela Praça Santa Cruz, viu a Cruz enterrada dentro da singela gruta ali construída.
ZH
relata que imediatamente o Dr. Huttner
examinou o objeto e reconheceu a inscrição símbolo do então império espanhol,
que ainda dominava as Américas na época das Missões de São Miguel. Também
reconheceu o feitio da cruz que fora desenhada encimando a torre da Igreja de
São Miguel pelo pesquisador francês Alfred
Demersay, em 1846.
Segundo
a Sra. Secretária, como a cruz estava enterrada, posto que tem 2,24 m de altura
e apenas sobressaia à metade disso (senão não caberia na pequena gruta), o
teólogo conseguiu com a Prefeitura licença para levantá-la e submetê-la a
estudos.
O mistério é: como veio parar aqui um
tesouro que estava há cerca de 600 km de distância? A tese é que tivesse sido
trazida pela rota da erva mate que, há dois séculos existiu entre as duas
regiões. Após as Missões terem sido abandonadas, caindo em ruínas, e deixando à
flor do solo muito símbolos sagrados, estes começaram a desaparecer. A imprensa
escrita local, inclusive a Tribuna Centro Sul já publicou notícia sobre o
achado. Antes mesmo da reportagem de ZH. O assunto merece atenção dos
Camaqüenses e já tem apoio da Prefeitura. Necessário se acompanhar o desenrolar
dos acontecimentos, pois se trata de um
símbolo sagrado, que começa a integrar nossa história.
TRIBUNA – Edição de 23 de agosto de 2013.__.
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