quarta-feira, 18 de julho de 2012

Verdades & novos conceitos

Não foi exatamente a tarde que Camaquã esperava. Não, não foi. Queríamos e achávamos que podíamos vencer o Esportivo. Golear, de preferência. E sim, podíamos. E fomos melhores até em volume de jogo, pressionamos mais e até merecíamos ao menos empatar. Não deu. Prosperou mais uma vez a nossa principal deficiência nesta reta final do Acesso: a qualidade da finalização. Mas por uma questão de consciência não cabe neste momento condenar. Ponderar sim. É uma pena que um jogador como Alexandre Matão não estivesse estado em plenas condições nestes últimos jogos. Estivesse, quem sabe a sorte seria outra.

De diferente em relação a outros jogos? Bom, o Guarany saiu jogando com o incendiário Esquerdinha, que vinha entrando ao longo dos jogos e fazendo a diferença. Merecia estar ali. Mas hoje não foi bem. Mas e se fosse bem, e se decidisse o jogo logo de cara? 
Dizer que o Guarany foi omisso, hoje, é uma injustiça, uma blasfêmia até. Assim como seria assim se dissesse que o Esportivo ganhou o jogo e a classificação para a elite sem merecer.

A equipe de Bento Gonçalves marcou cedo, de bola parada, é verdade, mas teve o mérito de saber se defender. E assim o fez até o final. O Guarany produziu. O número de escanteios diz isso. Mas faltou o principal para o Bugre: o gol. E é disso e somente por isso que equipes se consagram no futebol.

O Guarany não está desclassificado, mas que ficou bem mais difícil subir, ficou. Quem sabe uma última chance no domingo? Pelo histórico dos últimos jogos, tudo pode acontecer.

Mas as surpresas da tarde estiveram além das quatro linhas. Para os dois lados. O clima beligerante das últimas semanas, foi substituído ao final pela cordialidade e pelo respeito.

O Guarany perdeu, mas reconheceu a força do adversário. O esportivo ganhou e não tripudiou. Ao contrário. O pedido de desculpas do presidente do clube serrano, Luiz Delano, ao final da partida foi honesto e carregado de lições. Para os dois lados. Antes do jogo o técnico Wink já se desvencilhava e isentava os seus jogadores da fala do seu dirigente.

Ao se despedir do lateral do Guarany Alex Pereira, o capitão do Esportivo Ediglê sublinhou: “Nunca desrespeitamos vocês”.  O técnico Diatx por sua vez, atravessou o campo e cumprimentou Wink.
E a torcida local, nossa, foi fora de série. Neutralizou toda  expectativa errada que alguns forçosa e maldosamente  tentaram criar.

Indepentemente do que ocorra daqui para frente no quadrangular, em Camaquã, hoje foram confirmadas verdades, refeitos conceitos e restaurada a sensatez.

  


     

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