Quando vamos sair dessa?

A gente brinca, a gente flauteia, a gente até se exacerba às vezes, mas lhes digo: não está fácil ser gremista nos últimos dez anos. A falta de um título de expressão ilustra esta insatisfação. Imaginem: um clube acostumado nas décadas de 80 e 90 a empilhar caneco em cima de caneco, duma outra para outra começa a acumular algo bem diferente e mais amargo: apenas frustrações. Não é fácil, não é fácil.

Tem neste momento tem uma geração nova de gremistas que não conheceu o verdadeiro Grêmio. Há uma leva de novos gremistas que viu o seu clube ganhar nacionalmente um título da Segunda Dvisão e ser vice da Libertadores. Só! Foi o mais longe que o grande Grêmio chegou nestes últimos anos. 

Isso fica ainda mais dolorido quando neste mesmo período os rivais locais ganharam quase tudo: Sulamericana, Libertadores, Mundial Interclubes. Não tem mais gangorra. Pelo menos nestes últimos dez anos, não teve. E se teve, o peso das freqüentes humilhações não nos tiraram do chão. 

 

Eu faço este desabafo, momentos antes de começar a final da Copa do Brasil. Não era para estar lá o Palmeiras jogando contra o Coritiba, era para o Grêmio estar lá. Era para ser um dos maiores vencedores desta competição a estar no Couto Pereira ou no Olímpico, hoje, decidindo esse campeonato. Mas levamos 2 a 0 zero em casa deste frágil Palmeiras que ai está. O resto do filme, vocês já sabem.  

 

O problema nem é perder, o problema é que estas direções e comissões técnicas que vão se sucedendo vêm apenas engambelando nós gremistas. Quando achamos que evoluímos, damos dois, três passos para trás. Olhem o atual momento: perdemos a classificação para o Palmeiras e a maionese desandou toda. Já não estamos mais na zona de liberadores e se bobear começaremos a nos debater para não cair para zona do descenso. 

 

O grande Luxemburgo mostrou até agora apenas simpatia. Só isso. Para o salário que ganha, pelos atletas que dispõem, já era para o seu time ter alçado voo. A equipe de Luxemburgo não tem estabilidade – nem técnica e parece que tampouco emocional. 

 

Quando meu Deus, vamos sair deste atoleiro? Estádio novo é bonito, é legal, mas sem conquistas de nada adianta.

Mas um dos problemas do grêmio parece bem óbvio e só não vê que não deseja. E ele é originário dos bastidores:  muita politicagem,  pouco futebol. Eu não quero ter um presidente deputado. Eu quero é ter um presidente que goste que o seu time seja o melhor sempre.

Desculpem pelo desabafo