segunda-feira, 18 de junho de 2012

Sofrimento antecipado

Coluna GR/15/06
O PMDB local está sofrendo antes do tempo. E não é de agora que sangra sem necessidade. Desde que a provável candidatura do pepista João Carlos passou a se cristalizar, operadores governistas passaram a tentar impor uma condição de submissão do PP na relação política de ambos que vai fechar oito anos. É o mesmo pessoal que fez de tudo durante estes últimos três anos e meio para azedar os dias dos secretários e dos CCs pepistas na administração. O inferno só não foi mais ardente para este pessoal ligado a João Carlos porque Ernesto Molon não entrou na canoa da beligerância. E o clima só não está mais pesado neste aquecimento de eleição justamente porque Molon está na parada.

Timings opostos
A mesma liberdade que o PP tem por direito agora é a mesma dada a Molon quando das formações da chapa eleitoral passada e do próprio atual governo. E é por não ter o mesmo entendimento do chefe, que os operadores peemedebistas estão hostilizando o clima entre as duas siglas e até colocando em risco a manutenção do próprio revezamento.   

Dura realidade
A realidade do PMDB é dura demais para ser admitida: o partido é governo há seis anos, tem feito uma administração convincente, mas não tem um nome competitivo para uma eleição solo. Sem a parceria do PP no pleito, o PMDB se fragiliza. E não adianta fantasiar.     

Queda de braços
A senadora Ana Amélia Lemos decidiu medir forças contra a acomodação fisiológica do seu partido e acabou saindo derrotada. Contra sua vontade, o PP vai apoiar o PDT na tentativa de reeleição de José Fortunati na campanha da Capital.

Reação equivocada 
Mas pior do que a aposta errada, foi a reação de Ana Amélia, que mesmo após o resultado interno democrático, anunciou apoio a Manuela D´Ávila na corrida portolegrense.

Prazer, Ana Amélia
Se isso vai repercutir na eleição estadual de 14, ainda é cedo para dizer, mas o PP conheceu um pouco melhor aquela que representa seu principal patrimônio eleitoral no Estado. Aliás, uma legítima máquina de votos depois de anos.

Muito chato
No mínimo foi deselegante a forma como Dilma Rousseff encontrou para isolar o ministro Mendes Ribeiro Filho da discussão pública do novo Código Florestal, que está sendo negociado com o congresso. Ao acionar um intermediário - no caso a chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann - Dilma sabia que a reprimenda vazaria e que ficaria muito chato para Mendes. Como de fato ficou.

Inversão
Ao constranger Mendes Ribeiro para ficar bem com ala petista xiita ligado ao Meio Ambiente, a presidente Dilma inverteu a lógica do reconhecimento à lealdade.

Escolha
Dona Nilza Lessa, viúva de Barbosa Lessa foi escolhida como a Patrona dos Festejos Farroupilhas deste ano do Estado.

 A mesma história 
Com fortes dores abdominais – que depois se verificou que era uma crise hepática -, homem se dirigiu domingo para o pronto Socorro do Hospital Nossa Senhora Aparecida. Chegou com sua mãe às 20h e ficou se contorcendo de dor até à meia noite. Com a carteira do IPE nas mãos e cansado de esperar na recepção, decidiu ir para casa, onde foi medicado às cegas.
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Rápidas
Chamou atenção na denúncia de cobrança indevida de serviços na Agricultura, a postura do ex-secretário Vinicius Araújo.

É normal em circunstâncias como essa haver mais indignação do acusado. Mais um pouquinho, pediria votos para Copes e Everton Clarão.

Com João Carlos não se expondo, o PP comete também seus excessos. Ter um nome forte não significa também sair patrolando o mundo.

A demora da definição do lado oficial e a briga velada dos dois maiores partidos da base são comemoradas pelos candidatos de oposição.

O vice-governador Beto Grill vai ser figura comum em Camaquã assim que a corrida começar. Virá com força máxima para tentar eleger Fábio Renner prefeito.

O prazo para os secretários que concorrerão em outubro sairem das prefeituras já se esgotou. Com isso, Sergiomar Cardoso (Transportes) não sairá de vice, pois ele ficou.

Quem comemorou a expiração do prazo sem a definição dos nomes foi a bancada de vereadores do PMDB, que defende a inclusão de um dos seus integrantes na chapa majoritária. 


  
  

    






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